sexta-feira, 17 de abril de 2009

As naturezas 2 do Redentor

A encarnação
As Duas Naturezas de CrsitoJesus Cristo é inteiramente Humano
"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo." 2 Jo 7
Jesus foi um homem que convenceu os que estavam próximo dele de que Ele era também Deus; portanto, sua condição humana não está em dúvida. A condenação de João daqueles que negavam que "Jesus Cristo veio em carne" (1 Jo 4.2,3; 2 Jo 7) visava aos docetas(*), que substituíram a Encarnação pela idéia de que Jesus foi um visitante sobrenatural (não Deus), que parcialmente humano, mas era realmente uma espécie de fantasma, um mestre que, na realidade, não morre pelos pecados.
Os evangelhos mostram Jesus experimentando as limitações humanas (fome, Mt 4.2; cansaço, Jo 4.6; ignorância de um fato, Lc 8.45-47) e sofrimento humano (choro junto ao túmulo de Lazaro, Jo 11.35,38; agonia no Getsêmani, Mc 14.32-42; cf. 12.50; Hb 5.7-10; e sofrimento na cruz). Hebreus enfatiza que, se Ele não tivesse experimentado as aflições humanas - fraqueza, tentação, sofrimento - Ele não estaria qualificado para ajudar-nos quando passarmos por essas coisas (Hb 2.17,18; 4.15,16; 2.7-9). Nesta circunstâncias, sua experiência humana é de modo a garantir que, em qualquer momento de pretensão ou premência em nossa relação e caminhada com Deus, podemos ir a Ele confiantes de que de alguma maneira Ele esteve lá antes de nós sendo assim ajudador de que necessitamos.
Os cristãos, focalizando a divindade de Jesus, têm as vezes pensado que minimizar sua humanidade é honrá-lo. A primitiva heresia do monofisismo ( a idéia de que Jesus tinha somente uma natureza) expressava esta suposição, como fazem as modernas deduções de que Ele apenas fingiu ser ignorante de fatos (na suposição de que Ele utilizava sua onisciência e, portanto, estava ciente de todas as coisas, e estar com fome e cansado (na suposição de que sua divindade sobrenaturalmente nutria de forças sua humanidade todos tempo, colocando-o acima das demandas da existência comum).. Mas a Encarnação significa, antes, que o Filho de Deus viveu sua vida divino-humana em e através de sua mente e corpo humanos em todos os aspectos, maximizando sua identificação e empatia com aqueles que Ele viera salvar, e lançando mão dos recursos divinos para transcender os limites humanos de conhecimento e energia somente quando exigência particulares da vontades do Pai assim o requeresse.
A idéia de que as duas naturezas de Jesus eram como circuitos elétricos alternados, de sorte que algumas vezes Ele agia em sua humanidade e algumas vezes em sua divindade, e é também equivocada. Ele realizou e suportou todas as coisas, incluindo seus sofrimentos na cruz, na unidade de sua pessoa divino-humana (isto é, como Filho de Deus que sabia tomado para si todos os poderes humanos de agir, reagir e experimentar, em sua forma não decaída). Dizer isto não contradiz a impecabilidade divina, pois impassibilidade não significa que Deus nunca experimentou angústia, mas que o que ele experimentou, angústia inclusive, é experimentado por sua própria vontade e por sua própria decisão predeterminada.
Jesus, sendo divino, era impecável (não podia pecar), mas isto não quer dizer que Ele não podia ser tentado. Satanás tentou-o a desobedecer ao Pai por autogratificação, autoexibição e autoglorificação (Mt 4.1-11), e a tentação para recuar da cruz foi constante (Lc 22.28; Mt 16.23; e a oração de Jesus no Getsêmani). Sendo humano não podia vencer a tentação sem luta, mas, sendo divino, era sua natureza fazer a vontade do Pai (Jo 5.19,30) e, portanto, resistir e lutar contra a tentação até vencê-la. Do Getsêmani podemos inferir que suas lutas foram bem mais agudas e agônicas do que qualquer outra que possamos imaginar. O final feliz resultante é que "naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hb 2.18)
* Partidários do docentismo, doutrina gnótica do segundo século desta era.

A divindade de Cristo

A Divindade de CristoMc 2.28; Jo 1.1-14; Jo 8.58; Jo 20.28; Rm 9.5; Fp 2.9-11; Cl 1.19; 1 Jo 5.20
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 Jo 5.20)
Para ser cristão, é indispensável ter fé na divindade de Cristo. Esta é uma parte essencial do Evangelho de Cristo no Novo Testamento. Mesmo assim, em todos os séculos, a Igreja tem sido obrigada a lidar com pessoas que alegam ser cristãs e ao mesmo tempo negam ou distorcem a divindade de Cristo.
Na história da Igreja houve quatro séculos durantes os quais a confissão da divindade de Cristo foi uma questão crucial e polêmica dentro da Igreja. Foram os séculos IV, V, XIX e XX. Visto estarmos vivendo num século em que as heresias estão assaltando a Igreja, urge que a confissão da divindade de Cristo seja resguardada.
No Concílio de Nicéia, no ano 325 d.C., a igreja, em oposição à heresias Ariana, declarou que Jesus é gerado e não criado, e que sua natureza divina é da mesma essência (homo ousios) que a do Pai. Essa afirmação declarou que a segunda pessoa da Trindade é uma em essência com Deus o Pai. Quer dizer, o "ser" de Cristo é o ser de Deus. Ele não é simplesmente à Deidade - ele é a Deidade.
A confissão da divindade de Cristo é extraída do testemunho multiforme do Novo Testamento. Como o Verbo Encarnado, Cristo é revelado como sendo não só preexistente em relação à criação, mas também eterno. A Bíblia diz que ele estava no princípio com Deus e também que ele é Deus (Jo 1.1-3). O fato de ele estar com Deus exige uma distinção pessoal na Deidade. O fato de ser Deus exige sua inclusão na Deidade.
Em outros textos, o Novo Testamento atribui a Jesus termos e títulos claramente divinos. Deus concedeu-lhe o preeminente título de Senhor (Fp 2.9-11). Como o Filho do Homem, Jesus reivindica ser Senhor do sábado (Mc 2.28) e ter autoridade para perdoar pecados (Mc 2.1-12). Ele é chamado o "Senhor da glória" (Tg 2.1) e recebeu adoração de bom grado, quando Tomé confessou: "Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20.28).
Paulo declara que a plenitude da Deidade habita em Cristo corporalmente (Cl 1.19), e que Jesus é superior aos anjos,, tema este reiterado no livro de Hebreus. Adorar um anjo, ou qualquer criatura, não importa quão exaltada ela seja, é violar a proibição bíblica contra a idolatria. A expressão "Eu sou" repetida no Evangelho de João também testifica sobre a identificação de Jesus Cristo com a Deidade.
No Século V, o Concílio de Calcedônia (451 d.C.) afirmou que Jesus era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. O concílio declarou que as duas natureza de Jesus humana e divina, eram sem mistura, confusão, separação ou divisão.
Sumário
1. A divindade de Cristo é uma doutrina essencial do cristianismo.
2. A Igreja enfrentou crise causadas por heresias concernentes à divindade de Cristo nos séculos IV. V, XIX e XX.
3. O Concílio de Nicéia (325 d.C.) afirmou a divindade de Cristo, declarando que ele é da mesma substância ou essência que o Pai, q que ele não era um ser criado.
4. O Novo Testamento afirma claramente a divindade de Cristo.
5. O Concílio de Calcedônia (451 d.C.) declarou que Jesus era verdadeiramente Deus.